Estudos Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que coordena o Monitor de Secas no Ceará e em outros estados, apontam que o semiárido nordestino, possivelmente, terá fenômenos de seca mais intensos e duradouros nos próximos anos.

A informação foi revelada pela diretora-presidente da ANA, Veronica Sánchez, durante evento que celebra os 10 anos do programa Monitor de Secas, nesta quarta-feira (21), em Fortaleza.

“Os estudos, desenvolvidos ao longo dos últimos anos, apontam que teremos, possivelmente, fenômenos de seca mais duradouros e mais intensos. Isso nos obriga a tomar decisões mais qualificadas e permitir que governadores, prefeitos e o governo federal indiquem soluções para permitir o acesso à água para as populações em todo o território nacional”, reforçou Veronica.

Segundo a diretora-presidente, o Monitor de Secas foi, inicialmente, pensado para identificar o fenômeno da seca no Nordeste. Desde o início deste ano, o programa tem abrangência nacional. Para o futuro, os planos são ampliar a metodologia para a América do Sul.

Ela destaca que os parâmetros usados são validados por mais de 60 instituições, “permitindo tomada de decisões qualificadas pelos gestores para políticas públicas que dependem de uma avaliação criteriosa, como Operação Carro Pipa, construção de barragens e acesso ao crédito rural”.

PREOCUPAÇÃO
O secretário nacional de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional embora, Giuseppe Vieira, acendeu alerta para o próximo período chuvoso no Ceará. Ele reforçou obras que estão sendo realizadas para garantir a segurança hídrica da população.

“Embora a gente tenha tido uma quadra chuvosa muito boa, a preocupação da seca sempre existe. Provavelmente esse aspecto não vai se repetir no próximo período de chuvoso”.

INVESTIMENTOS
o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, destacou a importância do monitoramento para dar previsibilidade às pessoas que querem investir e empreender. “É um instrumento fundamental para priorizar o que é mais importante no desenvolvimento das áreas mais afetadas”.

Fonte: Jornal Jangadeiro