A programação inclui palestras sobre questões contemporâneas do mercado, networking estratégico e oportunidades de negócios

Promovido pelo Polo Sebrae de Energias Renováveis em parceria com o Sebrae-SP, o Fórum Sebrae de Energia Solar 2024 reúne na capital paulista, nesta terça (27) e quarta-feira (28), empreendedores, especialistas e stakeholders do setor para discutir as principais temáticas e tendências relacionadas à energia solar fotovoltaica. Em sua terceira edição, o evento, iniciado em Natal, conta com a maior representatividade do Rio Grande do Norte entre participantes de 17 estados com inscrição confirmada. De um total de 363 confirmados até o momento, 55 são do RN.

Lorena Roosevelt, gerente do Polo Sebrae ER, considera o Fórum uma oportunidade única para as empresas acessarem os principais temas que influenciam o presente e o futuro do setor, impulsionando novos modelos de negócios. “O evento proporciona networking entre empresas de diversos estados do país, com troca de conhecimento e experiências, além de encontros de negócios com fabricantes de componentes e empresas de tecnologia”, explica. Ela destaca ainda a participação da empresa potiguar Grupo Ecomp, que terá a oportunidade de divulgar seus produtos e serviços para possíveis clientes de todas as regiões do país.

Para Saulo Medeiros, sócio do Grupo Ecomp, discutir os desafios do mercado de energia solar e conectar diversos atores, como fornecedores, integradores, pesquisadores e entusiastas, é essencial para o amadurecimento do setor. “O Fórum Sebrae de Energias Renováveis favorece o desenvolvimento desse ecossistema de forma qualificada, unindo esses atores de todo o Brasil. Parabenizo o Sebrae pela iniciativa, assim como sua gestora, Lorena Roosevelt, pelo engajamento”, declara.

A programação inclui palestras sobre questões contemporâneas do mercado, networking estratégico e oportunidades de negócios. Entre os principais temas de discussão estão mobilidade elétrica, armazenamento de energia, modelos de negócios para geração distribuída, associativismo, vendas e pós-venda, além de cases de atendimento do Sebrae ao setor. O destaque fica por conta da Palestra Magna, intitulada “Estratégias para Enfrentar o Mundo em Ebulição”, ministrada pelo historiador e professor Leandro Karnal.

Pequenos negócios movimentam o mercado de energia solar

Segundo a gerente do Polo Sebrae ER, mais de 80% das empresas que atuam na cadeia produtiva da energia solar fotovoltaica no Brasil são micro e pequenas empresas ou empreendedores individuais. Esses agentes, que movimentam o setor, são responsáveis pela venda, instalação e manutenção de pequenas usinas solares instaladas em telhados de residências e empresas de diversos segmentos.

Roosevelt explica que os pequenos negócios são responsáveis tanto pelo fornecimento de bens e serviços quanto pelo consumo dos chamados kits fotovoltaicos. “A energia solar fotovoltaica demonstra ser uma fonte cada vez mais acessível, pelo barateamento dos componentes, além de comprovadamente contribuir para a gestão energética das empresas que passam a consumir este importante insumo a partir de uma fonte limpa, ao mesmo tempo que contribui para a redução das emissões de CO2 no meio ambiente”, relata.

Trata-se de um negócio em que ganham o empreendedor e o meio ambiente. Uma nova economia foi gerada no país, onde, segundo dados da ABSOLAR, mais de 1,1 milhão de novos empregos foram criados, mais de 45 milhões de toneladas de CO2 foram evitadas e mais de R$ 49,6 bilhões em tributos foram arrecadados desde 2012.

RN se destaca no mercado de energias renováveis

O mercado de energia solar distribuída tem crescido exponencialmente no RN. De acordo com dados recentes do Observatório da Energia Solar, produzido pela Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper-RN) em parceria com a JVilar Consultoria, a quantidade acumulada de conexões fotovoltaicas no Rio Grande do Norte atingiu a marca de 73.258 sistemas conectados e 694.845,83 quilowatts-pico (kWp) de potência instalada. Para se ter uma ideia da expansão, até 2015, a quantidade acumulada no mercado potiguar era de apenas 64 unidades. Natal, Mossoró, Parnamirim e Caicó são os municípios do RN que mais se destacam em relação à quantidade de sistemas conectados e potência instalada.

O Rio Grande do Norte também se tornou o primeiro estado do país a adotar o hidrogênio verde como combustível na indústria de cimento, substituindo os derivados de petróleo. A iniciativa é fruto de um acordo entre o Governo do Estado, a CPFL Energia (empresa do grupo chinês State Grid) e a Mizu Cimentos. O contrato para a produção e consumo de hidrogênio verde foi assinado na última semana. A unidade de produção, que abastecerá a fábrica da Mizu, terá capacidade de 1 megawatt e produzirá 250 toneladas do combustível por ano.

Serviço

Fórum SEBRAE de Energia Solar 2024

Dias: 27 e 28 de agosto

Local: Faculdade SEBRAE, São Paulo/SP.