A Orquestra Sinfônica da Bahia retorna à Igreja de São Francisco, no Pelourinho, no dia 15 de setembro, às 17h, para apresentar o concerto ‘Futurível’. A regência do espetáculo ficará por conta da maestra convidada Priscila Bomfim, com solo do spalla da OSBA, o violinista Francisco Roa, e do também violinista da OSBA, José Fernandes. A entrada é gratuita.

Inspirada no nome de uma música de Gilberto Gil, ‘Futurível’ propõe aproximar o público da música erudita moderna e contemporânea, explorando sonoridades pouco comuns. A série estreou em 2015 e já foi apresentada em formato de vídeo e no Teatro Castro Alves.

Nascida em Portugal, a maestra Priscila Bomfim é conhecida por sua sensibilidade e também pela versatilidade artística. Ela foi a primeira mulher a reger uma ópera na temporada oficial do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e tem se destacado em concertos com orquestras renomadas, como a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra do Theatro São Pedro e a OSUSP, entre outras.

Sob a regência de Priscila, a Orquestra interpretará obras dos compositores baianos Paulo Costa Lima (“Atotô do L’homme armé, Op. 39”) e Lindembergue Cardoso (“Sedimentos, Op. 27”), do russo Alfred Schnittke (“Concerto Grosso Nº 1) e do estoniano Arvo Pärt (“Oriente e Ocidente”).

A igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador, é considerada por especialistas em arte sacra como uma das mais imponentes da América Latina. Com interior revestido em ouro, o templo fundado no início do século 18 foi tombado como patrimônio material do Brasil.

Quem vê a igreja de fora, não imagina o luxo na parte interior. As superfícies internas – paredes, colunas, teto, capelas – são revestidas de intrincados entalhes cobertos de ouro, com florões, arcos, e inúmeras figuras de anjos e pássaros, símbolos do barroco brasileiro.

Ricamente decorado, o templo tem imagens de mestres santeiros baianos e lusitanos, verdadeiras obras-primas da arte sacra, duas pias de pedra doadas por Dom João V, quando era rei de Portugal, bem como balaustradas e outras peças esculpidas em jacarandá, um tipo de madeira nobre.

Nos púlpitos e tetos, há várias pinturas, muitas delas produzidas em 1737 pelo pintor português Bartolomeu Antunes, conhecido como o mais importante mestre ladrilhador do país colonizador.

Sobre o parapeito do coro, existe um antiquíssimo oratório com um crucifixo e dez pequenos nichos com relíquias, entre elas o crânio de um mártir a quem se atribuiu o nome de São Fidélis, doado pelo papa Inocêncio XII.

Além da suntuosa capela-mor, dedicada a São Francisco de Assis, o espaço possui oito capelas secundárias. O cadeiral entalhado do coro, a estante para o missal e as grades entre as capelas secundárias são obras do frei Luís de Jesus, conhecido como “Irmão Torneiro”. Estes elementos são do século 17 e foram reaproveitados da primeira igreja edificada no local, portanto, são os mais antigos da coleção.

Fonte: Alô Alô Bahia