Médico cardiologista Mateus Freitas Teixeira discute, a partir de artigo científico, quais são as novas descobertas sobre o impacto dos exercícios no controle da hipertensão
A hipertensão é fator de risco modificável líder para morbidade e mortalidade. A pressão arterial acima dos níveis ideais está linearmente associada a um risco aumentado de doença cardiovascular. Um artigo da revista BMJ traz importantes aspectos para prescrição de exercícios eficientes para melhorar a pressão arterial.
Com o aumento da prevalência da hipertensão, particularmente em nosso país e nos países de baixa e média renda, a pesquisa sobre intervenções anti-hipertensivas eficazes continua crítica.
A terapia médica é um meio eficaz de reduzir a pressão arterial; no entanto, possui baixa adesão, efeitos colaterais adversos e altas despesas econômicas, o que limita o tratamento eficaz. Assim sendo, abordagens não farmacológicas são favorecidas.
O exercício provoca benefícios conclusivos para a saúde cardiovascular e melhora a sobrevivência a longo prazo, com uma associação longitudinal entre atividade física e redução da mortalidade bem documentada.
Análises anteriores em larga escala relataram reduções significativas da pressão arterial sistólica e diastólica (PAS e PAD) de vários modos de exercício. Com base em trabalhos anteriores, o treinamento de exercícios aeróbicos tradicional continua sendo a principal abordagem de exercício recomendada para o gerenciamento da pressão arterial em repouso. Pois há vasodilatação periférica pós-exercício. Com a cronicidade do exercício, a tendência é a termos uma pressão mais baixa.
No entanto, as recomendações atuais de exercícios com investigações recentes demonstram modos de exercício mais novos, como treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) para quem pode e gosta e, principalmente, treinamento de exercício isométrico, bem como uma infinidade de novos dados sobre o papel do treinamento de resistência dinâmica independente, além de exercícios combinados.
Os exercícios isométricos, para quem pode, mostram-se muito eficazes para baixar a pressão arterial. Eles devem ser introduzido aos poucos, obedecendo às limitações ortopédicas.
Essas novas perspectivas trazem um arsenal maior e mais eficaz de exercícios no tratamento da doença cardiovascular de mais mata no Brasil e no mundo.
Fonte: ge.globo/euatleta