Em um ano, compartilhamento de dados a outros bancos cresceu 44%

É possível liberar informações a outros bancos autorizados ou instituições financeiras e conseguir melhores taxas e condições

Você compartilharia seus dados bancários e movimentação financeira do seu banco para outro? E se fosse para conseguir melhores taxas e condições de acesso ao crédito no sistema financeiro? Pode parecer estranho, mas o chamado Open Finance – compartilhamento de dados bancários e históricos com diferentes bancos de diferentes instituições financeiras – vem expandindo. Só em um ano, cresceu 44%. Passou de 43 milhões de consentimentos, em janeiro de 2024, para 62 milhões em janeiro de 2025, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). No período, foram 43 milhões de consentimentos de compartilhamentos pelos clientes. Em quatro anos de existência, já são 62 milhões de consentimentos pelo Open Finance.

De iniciativa do Banco Central, o Open Finance existe há quatro anos no Brasil e já superou até outros países que também usam esse formato. Esse modelo facilita que empresas de setores não financeiros ofereçam serviços bancários como crédito e meios de pagamento, ampliando as opções para clientes. Permitiu ainda o surgimento de novos modelos de negócio, com fintechs.

Como funciona?

Segundo a especialista em Direito Bancário e sócia do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia, a autorização para compartilhar dados é feita no aplicativo do banco. É possível permitir a liberação a outro banco com quem se relaciona ou ainda a instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central como seguradoras, agências de câmbio e fundos de previdência. Não é uma medida obrigatória. É opcional e ocorre durante um ano, podendo ser cancelada antes. 

Dados e propostas

Nessa liberação, banco ou instituição financeira poderão enxergar dados como renda comprovada, movimentação bancária, faturamento mensal de pessoa jurídica.  A partir daí, podem oferecer propostas e condições para, por exemplo, empréstimos, financiamentos e tarifas mais em conta, além de cartão de crédito, consignado, emissão de boleto e consórcio. É uma corrida entre eles para disputar o cliente.

Divulgação

Luciana: é opcional e pode ser cancelada

Vantagens e riscos

A especialista em Direito Bancário Luciana avalia a adesão ao Open Finance. “Quem tem um bom histórico financeiro e mantém os compromissos em dia pode conseguir melhores condições e vantagens, já que é considerado um cliente de menor risco”, pontuou. Por outro lado, quem enfrenta dificuldades financeiras, como dívidas no cartão de crédito, parcelas atrasadas de empréstimos ou uso frequente do cheque especial, pode ser submetido a uma análise de crédito mais criteriosa ao compartilhar seus dados. Isso ocorre porque as instituições financeiras terão acesso a um histórico mais detalhado e poderão ajustar as condições de crédito conforme o perfil de risco do cliente. Ainda assim, conforme Luciana, o Open Finance pode ser uma oportunidade para que o cliente encontre instituições que ofereçam condições de crédito mais atrativas e taxas reduzidas.

Segurança dos dados
Outra preocupação é com relação à segurança dos dados com o compartilhamento no sistema financeiro. Segundo o Banco Central, é um ambiente seguro e está alinhado à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para garantir segurança e privacidade de informações.

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