É seguro comprar um imóvel via leilão?

Valor arrematado pode ser, em média, 50% abaixo do praticado no mercado, além de poder financiar a longo prazo e obter descontos. Mas é preciso saber como fazer

Comprar um imóvel em leilão compensa? Os atrativos despertam interesse a quem quer adquirir uma propriedade para morar ou então ampliar os ativos e investimentos. Mas há certa desconfiança e receio pela falta de conhecimento sobre o assunto. São casas, apartamentos, terrenos e estabelecimentos comerciais, com possibilidade de pagamento, através de financiamento, parcelamento e uso até do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O Sistema Financeiro, por exemplo, realiza leilões para vários estados, via plataformas digitais. Bancos como Caixa Econômica Federal (CEF) e Santander são um dos que disponibilizam imóveis. E esse tipo de oferta e negociação tem ampliado. Só da CEF, a quantidade de imóveis disponibilizados em leilões cresceu 228%, segundo levantamento da Smart Leilões. O grande atrativo é o valor arrematado ser abaixo do praticado no mercado – em média podem ficar 50% mais em conta. Outro diferencial é a possibilidade de financiar a longo prazo e obter descontos.

“Qualquer pessoa física ou empresa pode participar do leilão. Basta fazer o cadastro no site e enviar os documentos exigidos no edital”, adiantou o tabelião titular do Cartório Andrade Lima – 1º Ofício de Notas do Recife, Filipe Andrade Lima. E concluído o processo e conforme os critérios do edital, é possível pagar à vista, financiar, usar carta de consórcio e até o saldo disponível no FGTS para efetuar a compra. “Dependendo do caso, depois do leilão, a arrematação já pode ser registrada em cartório, ou então se faz a escritura de compra e venda normal, em favor do arrematante”, orientou o tabelião.

Leilões judiciais

No geral, existem dois tipos de leilões – os judiciais e os extrajudiciais – e normalmente eles acontecem por conta de uma dívida não quitada. Seja com um banco, poder público, financeira ou até mesmo com o condomínio. Sem resolução, a Justiça determina a penhora e venda do bem. Há também os leilões particulares para a venda de um bem com o intuito de gerar negócios. 

Segundo o leiloeiro Diogo Martins, leilão é um modelo de investimento democrático e que permite obter ganhos. “Mas tem gente que só olha o preço e quer participar sem nenhum conhecimento. Pensa só em vantagem, sem olhar os pormenores ”, observou Diogo. Quem tem interesse em participar de um leilão, ele orienta ler bem o edital – que contém todas as informações – e buscar orientação jurídica.

Desocupação – Filipe alerta que é bom prestar atenção na compra, pois há imóveis que ainda estão ocupados pelos seus antigos donos. Nesses casos de leilões extrajudiciais, as despesas com a desocupação serão do novo comprador.

Como saber onde tem?

Para saber onde e quando acontecem leilões, basta entrar no site da Junta Comercial e identificar os leiloeiros existentes na região de interesse e acessar essas páginas para localizar o bem. 

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