Nordeste lidera em conhecimento ESG e avança na adoção de práticas sustentáveis 

Imagem: Freepik

Pesquisa da CNI revela que 76,9% das empresas do Nordeste adotam iniciativas sustentáveis, liderando em sete das nove ações avaliadas. 

A crescente preocupação com a sustentabilidade tem impulsionado empresas no Norte e Nordeste brasileiro a adotarem práticas que vão além da preservação ambiental, promovendo também benefícios sociais e econômicos. Essa tendência reflete um maior entendimento da agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) na região. 

De acordo com um estudo da Serasa Experian, 38,8% dos empresários nordestinos possuem um bom conhecimento sobre ESG, superando o Sudeste, que registra 34,7%. Essa conscientização se traduz em ações concretas: 74% das empresas no Nordeste priorizam a redução ou eliminação de poluentes, enquanto 58% utilizam energia renovável em suas operações. 

A indústria nordestina destaca-se nacionalmente na implementação de práticas sustentáveis. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 76,9% das empresas da região adotam iniciativas sustentáveis, liderando em sete das nove ações avaliadas. Entre as práticas mais comuns, destacam-se a otimização do uso da água (97%), o uso de fontes renováveis de energia (62%) e a redução da poluição hídrica (76%). 

Segundo Emmanuelle Matos, engenheira ambiental e docente do Centro Universitário Wyden, a adaptação de grandes empresas à sustentabilidade no Norte e Nordeste enfrenta desafios adicionais, muitas vezes relacionados ao acesso à energia renovável e ao transporte sustentável. “Os altos custos iniciais de tecnologias sustentáveis são uma barreira, especialmente em áreas menos desenvolvidas. A escassez de profissionais qualificados em ESG limita a implementação eficaz dessas práticas. Além disso, a falta de regulamentação e incentivos desmotiva investimentos sustentáveis. Por fim, a cultura empresarial ainda enxerga a sustentabilidade como custo, e não como estratégia”, explica a especialista. 

No Ceará, o governo negocia com empresas chinesas a instalação de um data center de R$ 50 bilhões. A iniciativa reforça a importância de data centers sustentáveis, que reduzem o impacto ambiental ao melhorar a eficiência energética, adotando sistemas de resfriamento avançados e equipamentos mais econômicos. “O uso de fontes renováveis, como energia solar e eólica, diminui a dependência de combustíveis fósseis e reduz as emissões de carbono. Além disso, a reutilização de hardware e a reciclagem minimizam o desperdício eletrônico, enquanto a gestão inteligente de dados reduz a necessidade de expansão física, preservando recursos naturais. Sistemas de refrigeração mais eficientes também contribuem para a economia de água”, complementa Emanuelle Matos. 

Empresas que incorporam práticas sustentáveis não apenas contribuem para a preservação ambiental, mas também fortalecem sua competitividade no mercado. A crescente demanda por responsabilidade socioambiental por parte dos consumidores torna a sustentabilidade um diferencial estratégico, especialmente em uma região como o Nordeste, rica em recursos naturais e com grande potencial para energias renováveis. 

Mas focando em Pernambuco, também existem várias outras frentes como o Complexo Industrial Portuário de Suape. Dentro do Plano de Negócios 2025 de Suape, estão lá expostas claramente várias metas e ações sendo desenvolvidas no viés de sustentabilidade, como por exemplo o “Plano Suape Carbono Neutro 2038” e o arrendamento para sediar a primeira planta Metanol Renovável do Brasil. No setor privado, destacam-se o Polo Automotivo da Stellantis, que anunciou, em abril de 2024, investimentos de R$ 13 bilhões voltados à transição energética; a Baterias Moura, que recicla integralmente suas baterias; além de numerosas empresas que utilizam fontes de energia renováveis — como biomassa, gás natural, eólica e solar — em seus processos produtivos.

“A economia verde veio para ficar, traz negócios, faz o Nordeste se posicionar bem nacional e internacionalmente! Manter esta estratégia faz e fará sentido! Quem sabe este será o novo ciclo econômico do Nordeste”, destaca Gustavo Delgado, coordenador dos cursos de gestão do Centro Universitário UniFBV Wyden.

Fonte: Assessoria de imprensa

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