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Em parceria com a Acalanto, Natal Shopping promove encontros e diálogos de 21 a 23 de maio; no RN, 55 crianças e adolescentes estão aptas para serem adotadas

Nesta semana, quando é celebrado o Dia Nacional da Adoção no domingo (25), o Natal Shopping abre espaço para diálogos sobre os processos de acolhimento institucional e a diversidade nas famílias. De 21 a 23 de maio, os encontros vão trazer a mediação de voluntários do grupo Acalanto Natal, que oferece suporte assistencial, jurídico e psicológico para envolvidos no processo legal de adoção, para compartilhar vivências e reflexões sobre as múltiplas formas de maternar.

“O Natal Shopping também é um espaço de encontro e reflexão, e temos a responsabilidade de ampliar vozes e histórias que muitas vezes permanecem invisíveis para promover a transformação social que desejamos ver na nossa comunidade. No Dia das Mães, compartilhamos a trajetória da Juliana, mãe de três por adoção, e percebemos o impacto positivo dessa troca. Agora, queremos aprofundar o diálogo e contribuir para que mais famílias compreendam o processo, se sintam acolhidas e enxerguem na adoção uma possibilidade real de amor e pertencimento”, destaca Diana Petta, gerente de marketing do Natal Shopping.

De acordo com números do Sistema Nacional de Adoção (SNA), atualmente 55 crianças e adolescentes e 496 famílias estão aptas e habilitadas para adoção no Rio Grande do Norte. A disparidade entre os perfis das crianças disponíveis e os perfis desejados pelas famílias, no entanto, ainda é um grande entrave.

Entre os menores acolhidos, 13 têm até seis anos de idade; nove têm entre seis e 12 anos e 28 têm mais de 12 anos. Mais da metade (35) fazem parte de grupos de irmãos. Do outro lado, 308 famílias (62%) buscam por crianças com até 4 anos de idade e 332 (66,9%) só aceitam adotar uma criança, sem irmãos.

Larissa Fontes, voluntária da Acalanto convidada a conduzir uma das conversas no Natal Shopping, explica que apesar do grande volume de interessados em acolher uma criança institucionalizada, os perfis de idade, gênero e raça desejados são muito específicos. 

“Existe uma disparidade entre a expectativa e o perfil das crianças que estão acolhidas. Hoje, existem mais adolescentes disponíveis e poucas famílias interessadas [no grupo]. Isso é resultado da demora dos processos e de um histórico cultural de tentativas frustradas de privilegiar as famílias biológicas, o que fez as crianças perderem a chance de serem inseridas novamente em uma família. Hoje existe um prazo máximo para essas tentativas a fim de evitar essa institucionalização permanente, e é muito importante dar visibilidade ao tema para desmistificar a adoção porque muitas pessoas têm interesse, mas acham que não é possível”, destaca. 

Na programação, os convidados vão explicar o processo de adoção, como é a relação com a instituição e o judiciário, falar sobre a importância da preparação para a chegada dos filhos e antecipar demandas e questões que podem surgir. “Vamos explicar como é a vida no acolhimento, a expectativa que as crianças e adolescentes têm e falar das diversas famílias que existem – homoafetivas, monoparentais, casais que se separaram após a adoção, famílias inter raciais, entre outras, para esclarecer que a adoção é possível de diversas formas”, diz Larissa.

As conversas acontecem das 19h às 21h, em frente ao Parque da Naty, no piso L2. 

SERVIÇO

O quê: Rodas de conversa sobre maternidade, adoção e saúde mental materna
Quando: De 21 a 23 de maio, das 19h às 21h
Onde: Em frente ao Parque da Naty (próximo à Farm), no Natal Shopping
Entrada gratuita

Programação:

• 21/05 (terça-feira)
  Tema: O que ninguém me contou sobre a adoção – A importância da preparação para adoções seguras. Mediação: Luis Fernando e Nathan – pais por adoção e voluntários do Acalanto Natal
• 22/05 (quarta-feira)
  Tema: Por onde andei enquanto você me procurava? A vida no acolhimento institucional. Mediação: Larissa Fontes – voluntária do Acalanto Natal
• 23/05 (quinta-feira)
  Tema: Família não é tudo igual – Diversidade nas famílias e desafios em sociedade. Mediação: Mireille Silvino – mãe por adoção e voluntária do Acalanto Natal