Um tem pegada informal, o outro entrega experiência sofisticada; saiba mais

Que o recifense adora uma novidade, ninguém duvida. E se for no setor de restaurantes asiáticos, multiplique esse interesse por mil.

Ampliando a oferta desse nicho, o Yokocho Izakaya abriu as portas em fevereiro, no bairro da Torre, Zona Norte da Capital, com um bom formato de negócio: cardápio variado, com opções tradicionais de sushis e sashimis, e itens quentes.

Yokocho: cozinha descomplicada – Foto: Divulgação

Além de um balcão de drinques preparados pelo bartender Marquinhos Nascimento, figura bastante conhecida na noite recifense. 

O termo japonês Yokocho faz referência aos becos estreitinhos e apinhados de bares e restaurantes, comuníssimos no Japão.

Mas a principal referência para o Yokocho Izakaya, pilotado pela família Melcop (responsável ainda pelo Nippon), não é exatamente a dimensão de espaço, já que a casa acomoda 100 pessoas em mesas distribuídas sem aperto.

A referência é o conceito de informalidade, desde o ambiente tomado por neons e lambe-lambes (um recurso bastante explorado em casas desse tipo mundo afora), passando pelo fardamento descolado da equipe de salão, e, claro, pela gastronomia descomplicada. 

O menu do Yokocho é resultado da junção das expertises do peruano Mikel Angel, o japonês Cesar Toyoda (ex-Nakka) e Anderson Freitas, brasileiro que trabalhava no restaurante local Akira. Essa reunião de mãos experientes é vista no prato, mas sem nenhuma afetação.

A experiência no Yokocho é descontraída e despretenciosa. E é um paraíso para quem curte comida trufada – há muitas opções.

O que pedir no Yokocho?
Às quartas, é dia do lámen brilhar. A R$ 58, o prato, que tecnicamente é uma sopa enriquecida com ingredientes sólidos – panceta, bacon, cebola roxa, quiabo, nirá, alho-poró, variando os caldos base – missô, óleo de gergelim, shoyu, etc, é um dos campeões.

O Fukuoka é um dos mais pedidos: salmão em cubos com cream cheese, azeite de trufas brancas e ovas de massago orange e nori crispy (R$ 48, o par). Entre os petisquinhos, ainda rola a pipoquinha de camarão (popcorn shrimp), uma verdadeira febre nos restaurantes de cozinha nipônica de pegada informal, a R$ 38.

Seu empanamento é leve ao molho de missô, maionese da casa, ovas de massagô e azeite trufado. Os combinados do Yokocho começam em R$ 65. Bibimpab, macarrão udon e macarrão frito são pedidas de pratos quentes. 

Há boa oferta de bebidas asiáticas, alcoólicas ou sem álcool, como refresco de ameixa, água saborizada de abacaxi, refrigerante de uva com pedaços de coco, além de saquês e soju (destilado à base de arroz com teor de álcool entre 35% e 45%).

Da coquetelaria da casa, o astro é o Strawberry Fizz: saquê, shrub de morango, licor de pessêgo e suco de limão (R$ 27).

Grupo Arvo mira na Ásia
Também abertura recente na Zona Norte do Recife, o Omar carrega a sofisticação técnica da dupla que lidera o restaurante: Pedro Godoy (grupo Arvo) e o sushiman Simpson dos Santos (ex-Tetsu).

A casa ocupa o ponto do antigo Nemo, com projeto de A Casa Arquitetura, tem iluminação baixa e propõe cozinha asiática fusion. No balcão, há a possibilidade de reservar o serviço de omakase. 

Foto: reprodução/Instagram

Uma olhada no menu e a primeira impressão não deixa dúvida. Os chefs priorizam ingredientes de alto nível, algumas iguarias, como a vieira e atum tipo exportação.

“Pesquisamos muito e fomos atrás dos melhores e mais incríveis métodos e manejos, para oferecer algo realmente especial”, comentou Simpson.

A julgar pelo frequente salão lotado, o Omar ganhou o recifense que busca experiências especiais à mesa. 

Dica de entrada no Omar é o mitataki de atum, com lâminas do peixe semi cru, na manteiga de katsuobushi, cogumelos refogados, alho nirá e molho de ostras, mais pão pita e tortilla de shari (R$ 85).

O tartar de camarão chama atenção pela apresentação em uma caixinha de madeira e potinhos de vidro parecidos com antigos porta joias.

Vem com molho de peixe tailandês, manteiga de katsuobushi, cebola roxa, cebolinha, maionese japonesa, ikura e cracker de arroz negro.

Na categoria de sobremesas: profiteroles, pavlova e torta basca de chocolate. 

Fonte: Folha PE