Boletim elaborado pelo Sebrae-RN, com base no CAGED, registrou saldo superior a 5 mil empregos em julho de 2024, quando em 2014 no mesmo mês o número foi de 964.
O saldo acumulado de empregos no Rio Grande do Norte atingiu 18.902 postos entre janeiro e julho de 2024, com as micro e pequenas empresas sendo responsáveis por 13.567 dessas vagas. Esse resultado destaca a contribuição decisiva desses empreendimentos para o crescimento do mercado de trabalho no estado durante o período.
Somente em julho, o RN apresentou um saldo de 5.774 empregos, o maior valor para o mês nos últimos dez anos. Esse número é resultado de 23.091 admissões e 17.317 desligamentos ocorridos no período. Os dados constam no Mapa do Emprego do RN, elaborado mensalmente pelo Sebrae-RN com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgadas nesta última quinta-feira (29).
“Mais de dois terços dos empregos no Rio Grande do Norte são gerados por empresas com menos de dez empregados. Isso demonstra que os pequenos negócios desempenham um papel crucial na economia do estado. Apoiar essas empresas é, portanto, fundamental para o crescimento econômico”, ressalta Zeca Melo, superintendente do Sebrae-RN.
Em julho de 2024, o município de Natal (Leste Potiguar), capital do RN, foi onde foi registrada a maior quantidade de vagas com 1.565 novos postos, seguido de Mossoró (Oeste Potiguar) com 1.113 e Arês (Leste Potiguar) com 605.
Ainda de acordo com os dados de julho, o setor industrial foi o maior responsável pelo aumento dos empregos, com um saldo de 1.695 novos postos de trabalho, impulsionados principalmente pela fabricação de açúcar. O setor de serviços também se destacou, adicionando 1.671 empregos, especialmente nas atividades de transporte rodoviário de cargas, exceto produtos perigosos e mudanças, em âmbitos municipal, interestadual e internacional.
A agropecuária teve um papel relevante, gerando 1.477 empregos, com destaque para o cultivo de melão, responsável por 1.186 dessas vagas. A construção civil e o comércio também contribuíram para o saldo positivo, criando 565 e 366 empregos, respectivamente.
Considerando a região Nordeste, o Rio Grande do Norte ocupou o terceiro lugar entre os estados que mais geraram empregos, superando Ceará, Paraíba, Piauí, Alagoas, Maranhão e Sergipe, e ficando atrás apenas da Bahia e de Pernambuco.