Entre os dias 10 e 13 de setembro, membros da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) participaram da 27ª edição do Congresso Nacional de Criminalística (CNC), realizado em São Luís (MA). Durante o encontro, a Pefoce recebeu quatro premiações da Rede integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), resultado do trabalho do Núcleo de Perícias em DNA Forense (NUPDF), da Coordenadoria de Análises Laboratoriais Forenses (Calf). O Ceará ficou no pódio dessas premiações, alcançando o 2º lugar do Brasil e 1º do Nordeste na categoria Identificação de Pessoas Desaparecidas – Valores Relativos, e em 3º lugar em Valores Absolutos. Além disso, o Estado ficou em 3º lugar na categoria Identificação Criminal – Valores Relativos e, também, em 3º, em Valores Absolutos.
Durante o Congresso, houve a reunião do Conselho Nacional dos Dirigentes de Polícia Científica (CONDPC). Na ocasião, o perito-geral da Pefoce, Júlio Torres, recebeu das mãos do secretário nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça (MJSP), Mário Luiz Sarrubbo, a padronização de procedimentos operacionais de todas as área da perícia oficial, coordenado pelo MJSP e em parceria com as perícias estaduais, inclusive com a participação de peritos da Pefoce.
A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) surgiu da iniciativa conjunta do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e das Secretarias de Segurança Pública Estaduais tendo por objetivo propiciar o intercâmbio de perfis genéticos de interesse da Justiça, obtidos em laboratórios de perícia oficial.
No Congresso, dois trabalhos científicos sobre perfis genéticos foram apresentados por peritas da Coordenadoria de Análises Laboratoriais Forenses (Calf) da Pefoce, com os títulos: “Banco de Perfis Genéticos do Estado do Ceará com vestígios de casos de crimes sexuais processados no Centro Multiusuário de Processamento Automatizado de Vestígios Biológicos”, pela perita legista Vivian Romero Santiago Almeida; e “Influência do tempo de coleta dos casos de crimes sexuais com os achados clínicos e a obtenção do perfil genético do agressor”, pela perita legista Bruna Stefania Carvalho dos Santos.
Na área da perícia criminal, cinco trabalhos científicos foram apresentados por peritos da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec) da Pefoce. Os temas abordados foram: “Tratamento de imagens em perícias documentoscópicas: uma abordagem para QR codes de CRLVs-e não reconhecidos pelo aplicativo Vio”, elaborado pelos peritos criminais Ana Paula Teixeira Bastos Sobreira, Celio Rogério Nunes Almeida Filho e Lívia Arruda Castro Praça; “Utilidade da ferramenta Quantum”, por Gervásio Fontenelle de Castro e Silva; “Leitura Residual do velocímetro versus Peritus”, por Júlio César Rodrigues Rocha; “Perícias em Locais de Crime com auxílio de RPA (Remotely-Piloted Aircraft – Aeronaves Remotamente Pilotadas)”, por Rodrigo Guedes Cavalcanti; “Sinistros em Equipamentos de Engenharia – Parques de Diversão” e “A importância do trabalho pericial na determinação da causa de mortes decorrentes de falhas em sistemas de Airbags”, ambos apresentados pelo perito criminal Fernando Viana, que também participou de uma mesa redonda sobre “Perícias em explosões e incêndio: atuação dos peritos criminais e demais integrantes da segurança pública”.
O CNC aconteceu simultaneamente ao X Congresso Internacional de Pericial Criminal e à XXVII Exposição de Tecnologias Aplicadas à Criminalística. O Congresso Nacional de Criminalística é o evento mais tradicional da perícia criminal e das ciências forenses da América Latina, reunindo profissionais de diversas áreas da perícia, além de profissionais da segurança pública, professores e estudantes do Brasil e de outros países. Promovido pela Associação Brasileira de Criminalística, com organização da Associação da Polícia Científica do Maranhão (Apotec-MA), o encontro contou com conferências, palestras, mesas redondas e apresentações de trabalho.
Pefoce no topo do Ranking nacional de Bancos de Perfis Genéticos
O Ceará, por meio da Perícia Forense, encontra-se hoje no sexto lugar do Brasil com o maior Banco de Perfis Genéticos, com um alto índice de inserção de perfis genéticos no Banco Nacional. Esse é um dado de grande relevância para as investigações criminais, pois auxilia na elucidação de crimes complexos, como homicídios, latrocínios e crimes sexuais, contribuindo com o fortalecimento da Segurança Pública para a população cearense.