O 1º Recife Frevo Festival promove nesta quarta-feira, dia 19, no Paço do Frevo a etapa pedagógica RUMOS DO FREVO, com uma programação que inclui uma aula-espetáculo com Jota Michiles, homenageado do Festival, e uma roda de diálogo com maestros e pesquisadores sobre a importância das orquestras de frevo na salvaguarda do Frevo. Encerrando as atividades, o evento promove a tradicional Batalha de Orquestras, uma celebração vibrante do Frevo de rua. O 1º Recife Frevo Festival é realizado pela Mina Comunicação e Cultura, da produtora cultural Michelle de Assumpção, com incentivo do Sistema de Incentivo à Cultura do Recife (SIC), por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura e Prefeitura do Recife, tem patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e apoio do Paço do Frevo e Cepe Editora.
A entrada é gratuita, com inscrições pelo link:
Aula-espetáculo
A primeira atividade do dia, a aula-espetáculo”A Poética do Frevo Canção“, acontece das 14h às 16h, na Sala Nelson Ferreira, e será conduzida por Jota Michiles, um dos maiores compositores da história do frevo, autor de clássicos como Bom Demais, Me Segura Senão Eu Caio e Roda e Avisa. Acompanhado pelo flautista César Michiles e pelo percussionista Jerimum de Olinda, o artista abordará seu processo criativo, explorando a métrica, a interpretação e a construção poética do frevo-canção. Além da troca de experiências, a atividade incentivará a composição coletiva de um novo frevo-canção.
Roda de Diálogo
Já às 17h, a programação se desloca para o Café Aurora, no térreo do Paço do Frevo, onde acontece a roda de diálogo”O Frevo na Ponta: Orquestras de Rua na salvaguarda do Frevo”. Mediado pelo músico e pesquisador Climério Oliveira e pela jornalista e produtora Michelle de Assumpção, o encontro reunirá nomes como Maestro Oséas, Maestro Risonaldo, Luiz Santos, gerente de Memória e Exposições do Paço do Frevo e Luciana Félix, diretora do Paço do Frevo. O debate discutirá o papel das orquestras de rua como verdadeiras escolas de formação musical e mantenedoras do frevo ao longo do ano, além do cenário das políticas de salvaguarda do frevo, reforçando o compromisso do festival com o debate em torno da desestacionalização do gênero e sua presença em circuitos culturais ao longo do ano.
Batalha de Orquestras
Finalizando a programação deste dia, às 18h, está programada a Batalha de Orquestras, um aspecto inovador do Recife Frevo Festival, que colocará frente a frente as orquestras dos maestros Oséas eRisonaldo, dois dos nomes mais emblemáticos do Frevo pernambucano. As orquestras seguirão em cortejo pelas laterais da Praça do Arsenal e se encontrarão em frente ao Paço do Frevo, onde farão uma disputa musical animada, desafiando-se mutuamente na interpretação de clássicos do frevo. A plateia será o grande júri, vibrando e interagindo a cada execução.
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Maestro Oséas – Oséas Leão de Souza, o Maestro Oséas, iniciou sua trajetória musical aos 9 anos na Banda 15 de Agosto, em Aliança-PE. Com a mudança para Olinda, aprofundou seus estudos no Grêmio Musical Henrique Dias e passou a tocar nos carnavais da cidade. Em 1992, fundou a Orquestra Maestro Oséas (OMO), que hoje conta com cerca de 38 músicos e acompanha tradicionais agremiações como Elefante de Olinda, Cariri Olindense, Boi da Macuca e Bloco do Cimento. Com uma regência vibrante e um repertório que exalta o frevo, sua orquestra se consolidou como uma das mais importantes do carnaval pernambucano.
Maestro Risonaldo – Risonaldo Manoel Verçosa da Silva toca no Carnaval como músico desde 2003 e há 11 anos como regente. Eu Acho é Pouco, Porco Digital e Segunda Tem Palhaço são os blocos onde atua à frente da orquestra formada por 40 músicos. Aos 42 anos, é um dos mais jovens regentes em atuação no Carnaval de Pernambuco. Começou na regência à frente da Banda Musical Padre Galdino, orquestra de Pombos, na Zona da Mata Norte. Filho de um músico que também fazia parte da banda regida por ele, Risonaldo disse que começou a estudar música ainda criança, aprendendo a tocar clarinete e, depois, saxofone.
Climério Oliveira – Climério de Oliveira é doutor em Música, professor, pesquisador e produtor cultural, com atuação na área de patrimônio cultural imaterial. Docente do Conservatório desde 1994 e colaborador do Programa de Pós-Graduação em Música da UFPE, desenvolveu e coordenou projetos como Nossos Passos, Batuque Book e Pesquisa Nacional do Forró Patrimônio Brasileiro. É um dos autores do livro “Frevo, Transformações ao Longo do Passo” e secretário-geral da Associação Respeita Januário.
RUMOS DO FREVO | 1º RECIFE FREVO FESTIVAL
Local: Paço do Frevo (Praça do Arsenal, Recife)
Data: 19 de fevereiro de 2025
14h às 16h – Aula-espetáculo ‘A Poética do Frevo Canção’ com Jota Michiles naSala Nelson Ferreira
17h às 18h – Roda de Diálogo ‘O Frevo na Ponta: Orquestras de Rua na Salvaguarda do Frevo’ no Café Aurora do Paço do Frevo
18h – ‘Batalha de Orquestras’ com Maestro Oséas e Maestro Risonaldo na Praça do Arsenal, em frente ao Paço do Frevo
ENTRADA GRATUITA com inscrição para aula-espetáculo e roda de diálogo pelo Link:
Mais informações: @recifefrevofestival